PPGEC

Atualmente, contamos com um convênio com a UNESP de Guaratinguetá, situação que nos possibilitou contar com três docentes da área de Ensino desta instituição em nosso curso de mestrado ao longo da quadrienal (2017-2020).

Além disso, os docentes integrantes do nosso PPGEC mantêm outras colaborações com pesquisadores de diversos programas de pós-graduação das áreas de Educação e de Ensino de Ciências e Matemática, seja por meio de projetos de pesquisa financiados, participação em grupos de pesquisa ou participação em outros Programas outros de Pós-Graduação.

Entre esses, destacamos as colaborações com os seguintes Programas:

• Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica (UFSC)
• Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática (UNESP – Rio Claro)
• Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar (UNESP – Araraquara)
• Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo (PUC-SP)
• Programa de Pós-Graduação em Educação (UNESP – Rio Claro)
• Programa de Pós-Graduação em Educação (UFSCar)

Importante ainda destacar que temos recebido no programa a visita de alguns expoentes do campo da Educação em Ciências. Essas visitas tem nos possibilitado a construção de parcerias estratégicas. Destacamos:

2019 – Recebemos o prof. Dario Fiorentini da UNICAMP. Nessa visita o professor Dario colaborou com a auto-avaliação do PPGEC. Além disso, como parte desse processo de auto-avaliação do programa, o professor participou ativamente da disciplina Metodologia da Pesquisa em Educação ao longo de duas semanas e entrou em contato com os projetos de pesquisa dos nossos alunos (turma 2019).

2019 – Também em 2019 recebemos o prof. Luiz Marcelo de Carvalho, da UNESP (campus Rio Claro). O professor Luiz Marcelo participou ativamente dos trabalhos realizados com o prof. Ralph Levinson (IOE-UCL). Durante essa visita estabelecemos a construção de projetos de pesquisa conjuntos. Além disso, o prof. Luiz Marcelo passou a compor oficialmente o Grupo de Pesquisa em Educação em Ciências e Educação Ambiental do nosso PPGEC.

2023 – Visita Coordenação Área 46 (Ensino) Capes

Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências da UNIFEI recebe visita da coordenadora da Área de Ensino da CAPES

Com o apoio do Instituto de Física e Química (IFQ) e da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), o Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências (PPGEC) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) recebeu, nos dias 05 e 06 de junho, a visita da professora Dra. Ivanise Maria Rizzatti, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), atual coordenadora da Área de Ensino (Área 46) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal deNível Superior (CAPES).

Nos dois dias, ela se reuniu com mestrandos e professores do PPGEC e com o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UNIFEI, professor Edmilson Otoni Corrêa, e pôde ter uma ideia de toda a infraestrutura que a UNIFEI oferece para as atividades do Programa.

Segundo o coordenador do PPGEC, professor Luciano Fernandes Silva, a visita – que foi concluída com uma palestra – faz parte da busca de melhoria constante da interlocução com a CAPES e com a coordenação da Área de Ensino, no sentido de promover os processos de avaliação do programa de
pós-graduação, tendo em vista sua consolidação.

Reunião com mestrandos

Na segunda-feira, 5 de junho, às 10 horas, a professora Ivanise se reuniu com mestrandos que ingressaram no PPGEC em 2022 e 2023. A docente incentivou os estudantes a lerem os documentos referentes à Área 46 da CAPES e defendeu que as Ciências devem dialogar com a sociedade.

Ela também questionou o que cada discente esperava com seus estudos e como o novo formato da Educação Básica estava sendo tratado nas pesquisas em andamento ou a serem realizadas. Ao identificar entre os presentes quais tinham sido bolsistas de PIBID e de Residência Pedagógica, estes tiveram
oportunidade de falar sobre suas experiências nessas áreas.

A professora indagou os alunos quanto às suas expectativas em relação ao PPGEC e a sua matriz curricular e pediu a eles que manifestassem sua opinião quanto ao desenvolvimento das disciplinas. Entre outras características do curso de mestrado, foram destacados pelos estudantes a interdisciplinaridade,
a possibilidade de reflexão e de criticidade proporcionada aos alunos e o quanto as ementas do curso são interessantes.

Os mestrandos também enfatizaram os pontos de vistas diferentes de professores sobre o processo de ensino e aprendizagem, a experiência na Educação Básica compartilhada pelos discentes, a concentração de aulas no início da semana para facilitar a participação de profissionais da Educação e a necessidade de aumento do número de bolsas para realização do mestrado. E como sugestões para melhoria do Programa, foram citadas pelos alunos a necessidade de ele ser mais inclusivo e a possibilidade de criação de polos da UNIFEI em outras regiões para atendimento de mais interessados pelo
PPGEC.

Na oportunidade, a professora comentou sobre assimetrias que existem no Brasil em relação à distribuição de programas de pós-graduação da Área 46, destacando que em alguns estados há mais mestrados do que em toda uma região específica do país. Ela disse que tais diferenças devem ser resolvidas por meio de políticas públicas e sugeriu que fosse criado um fórum dos estudantes de mestrados da Área de Ensino do Estado de Minas Gerais.

A docente também foi questionada por um dos estudantes sobre como o MEC tem agido com relação à formação de professores por cursos de graduação com duração de dois anos e como a CAPES lida com os cursos de pós-graduação no formato de educação a distância (EaD). Ivanise reforçou a importância de as disciplinas de pós-graduação serem oferecidas de forma presencial e disse que, apesar de ser necessário o ensino mediado por tecnologias, a CAPES ainda não regulamentou mestrados no formato EaD.

A docente comentou ainda sobre a existência de “revistas predatórias que prometem divulgação de artigos científicos por preços ‘razoáveis’” e orientou os mestrandos a não aceitarem tais propostas.

Durante a reunião, os alunos fizeram referência às expectativas quanto ao oferecimento pelo PPGEC do curso de doutorado e apresentaram à visitante argumentos reforçando o quanto o Programa e a Universidade vêm preparando-se para tal.

Ao falar sobre a importância do relacionamento do Programa com os egressos, a professora Ivanise sugeriu algumas atividades que poderiam ser desenvolvidas nessa direção: o cadastro atualizado com os dados de seus ex- alunos; a criação de páginas do Programa em redes sociais e a realização de eventos, como Feiras de Ciências, por exemplo, que contemplem participação de egressos.

Ao final da reunião, foi questionado pelos alunos se o produto educacional é importante apenas para o mestrado profissional ou também para o acadêmico e houve considerações sobre estas duas modalidades de mestrado na área de Ensino.

Reunião com docentes

A professora Ivanise se reuniu também, por duas horas, com os professores do PPGEC. Após a apresentação de cada docente, a visitante respondeu os seus questionamentos em relação à organização da ficha de avaliação dos programas e também com relação ao Qualis dos periódicos.

Ivanise fez ainda considerações sobre a importância do acompanhamento dos egressos, da autoavaliação dos programas e da necessidade de serem estabelecidos critérios para o que pode vir a ser chamado de inovação e de impacto na Área de Ensino. Por fim, ela indicou que serão intensificadas as discussões que visam esclarecer o significado da ideia de avaliação multidimensional dos programas de pós-graduação.

Palestra

Na terça-feira, 06 de junho, às 19 horas, no Auditório 1 do IFQ, a professora Ivanise proferiu a palestra “PPGEC e a transposição entre saberes científico e escolar: um olhar para a formação de professores”, da qual participaram professores e alunos dos cursos de Licenciatura da UNIFEI e do PPGEC.

Ivanise apresentou a estrutura da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, no que se refere às diferentes 49 áreas da Pós-Graduação, enfatizando a Área 46, relacionada ao Ensino, que é a terceira maior da CAPES e a que tem o maior número de programas de pós-graduação profissionais.

Durante sua exposição, a professora chamou a atenção para a necessidade de reflexão sobre a relação entre o desenvolvimento das pesquisas educacionais e o impacto que elas produzem na prática dos professores em sala de aula. Ela comentou sobre o atual contexto, no qual os estudantes já não veem mais a escola como um ambiente atrativo e, na oportunidade, provocou os presentes com as seguintes questões: “Que professor queremos formar? E que professor estamos formando?”.

A professora defendeu que é preciso pensar na Educação do século 21 e refletir sobre o papel do professor: “É necessária uma nova formação para um novo sistema de Educação, novos professores pesquisadores para um novo sistema global, professores intelectuais e transformadores”.

Ela ainda chamou a atenção para a importância de se pensar no espaço escolar como possibilidade para a transformação social e citou outras questões que devem ser discutidas, como Chat GPT, Educação CTSA, BNCC, as Ciências da Alfabetização e a Educação no campo, indígena e quilombola.

Ivanise também fez referências aos egressos dos programas de pós-graduação, questionando onde estão, o que fazem e qual o impacto de sua formação em sua atuação como professores e pesquisadores. Outro ponto levantado pela docente é que muitos desses egressos preferem atuar na Educação Superior e, quanto a isso, foi defendida a ideia de que a valorização do professor de Educação Básica que possui mestrado e doutorado deve ser uma política pública.

Após as colocações da professora, vários questionamentos lhe foram feitos sobre a Subárea Multidisciplinar da Área de Ensino; os programas de pós- graduação acadêmicos, profissionais e os de ensino em rede; a falta de resistência na academia perante a nova proposta de Ensino Médio e a criação
da Área 46 de CAPES como fruto de articulação política.

Quanto à possibilidade de união entre as áreas de Ensino e de Educação da CAPES, a professora disse que, atualmente, isso não seria algo viável, pois ambas se distanciaram com relação aos seus objetivos, que são diferenciados, e devido às divergências que existem entre seus grupos, mas que, apesar disso, elas podem trabalhar juntas em projetos e questões comuns. Nesse sentido, a docente sugeriu aos presentes que lessem os documentos referentes a cada área para se inteirarem melhor.

Ao final da palestra, a professora Ivanise pediu aos presentes para que façam a diferença, unindo-se mais como profissionais da Educação, mobilizando outros professores, organizando um fórum da Área de Ensino e participando de entidades como a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em
Educação (ANPED) e a Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (ABRAPEC).